Divulgação e Assistência: PGM de Fortaleza sedia o primeiro encontro do embrião da luta contra a Síndrome Pós-Pólio no Estado do Ceará

O auditório da PGM de Fortaleza recebeu  o primeiro encontro do embrião da luta contra a Síndrome Pós-Pólio (SPP) no Estado do Ceará, no último dia 26 de fevereiro. Participaram da reunião a presidente da Associação de Pessoas com SPP, G-14, do Estado de São Paulo, Andrea Rosana Silva, a procuradora do município de Fortaleza afastada Glaucia Pontes, Lise Mary Alves de Lima, Jânia Maria Façanha de Albuquerque, Marcius Montenegro, Benvinda Maria de Sá, todos já diagnosticados com a doença, além de Maria Liduina de Araújo e Mara Suely Gomes Cabral, ambas sem diagnóstico firmado.

O encontro discutiu acerca da divulgação da Síndrome e a forma de cadastramento dos sobreviventes da Poliomielite, que é o grupo de risco da SPP, e que por negligência latente do Poder Público nunca foram numerados.

Dra. Glaucia Pontes, procuradora municipal que está afastada e aguardando aposentadoria, explica que o maior desafio da Síndrome Pós-Pólio é a falta de conhecimento da doença por quase todo o território nacional, exceto em São Paulo, onde se encontra um grupo de pesquisas na Unifesp. “O grupo é chefiado pelo Dr. Acary Bulle, que, embora tenham descoberto a SPP, conseguido reconhecimento do CID G-14 e  que o Ministério da Saúde elaborasse as “Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Síndrome Pós-Pólio e Co-morbidades”, a falta de interesse do Poder Público e dos profissionais da saúde colabora para que as atitudes não saiam do papel.”, denuncia a Dra. Glaucia.

No primeiro encontro, os participantes decidiram pela criação de um grupo no whatsap, onde serão incluídos todos os atingidos pela pólio, inicialmente do Estado do Ceará. “Em paralelo, será feito um cadastro para entregarmos ao Ministério da Saúde, às Secretarias de Saúde do Ceará e do Município de Fortaleza, que já estão mobilizados no sentido de ajudar à categoria, no que tange à divulgação, treinamento de uma equipe multidisciplinar e cuidados aos pacientes, tendo em vista entendimento estabelecido após Representação Judicial, por nós movida, na Procuradoria-Geral da República.”

A procuradora municipal aposentada explica que, apesar de a moléstia não ter cura, as vítimas precisam de cuidados especiais de uma equipe multidisciplinar para assegurar melhor qualidade de vida. Ela destaca que os “sequelados da poliomielite, que não desenvolveram a SPP, carecem conhecer a doença para manterem conduta prévia e receberem tratamento preventivo do Estado, para que não desenvolvam a avassaladora síndrome que, além das forças, rouba-nos a vida profissional, social e familiar. Em suma, o que precisamos urgentemente é da divulgação dizendo que A SÍNDROME PÓS-PÓLIO EXISTE”, conclui a Dra. Glaucia Pontes.